Estética e Comunicação de Massa
quarta-feira, 15 de junho de 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
O império dos escombros
Por Diego Lourenço.
O mar, revoltado, encarava-o com repúdio, desejando maltratar-lhe entre as pedras. Os ventos gritavam em seus ouvidos, “Traidor”, “Mentiroso”, “Cínico”, “Perverso”.
Chovia impetuosamente, para que cada gota caída sobre os seus ombros o lembrasse das vezes em que poderia ter voltado atrás, para que se sentisse o peso das escolhas.
A natureza exigia o seu fim, mas nenhum elemento jamais conseguiu destituir a perversidade que paira sobre a natureza humana. Nenhuma força se mostrou capaz de subjugar a força de vontade. A dor e o pavor são rimas para aquele que empunha a lança. E a morte apenas uma cortina que se fecha.
Impecável, ele retornava para o seu lugar de direito, nas sombras. Nas entranhas de um elegante palco, ardentemente iluminado por nuances de todas as boas emoções humanas. O seu esplendor desarranjava o pensamento da plateia, que não imaginava ser possível ter o próprio paraíso na Terra. O público estava saciado de quaisquer necessidades, pois encontrava paz em tudo aquilo. Nenhum mal poderia surgir do Éden, então.
Não. A verdade omitia-se, envergonhada. Por ter permitido tal besta enraizar-se em suas fundações e as distorcido. Por não ter notado que toda voz dissonante aos poucos se tornava ferramenta colaborativa, fantoche, conduzido pelos dedos de um titeiro corrompido.
O mundo desmoronava com um sorriso no rosto. As rochas que consolidavam a história estavam sendo removidas com uma brutalidade disfarçada de favor. Tomava forma, pouco a pouco, o império dos escombros.
O dominador oferecia prazeres inimagináveis, felicidades e riquezas infinitas. Buscava, em troca, tudo. Da obediência à vida de um ou de mais. Ou de todos, se necessário. Nada seria suficiente ao ser comparado com as dádivas oferecidas pelo rei.
Contudo, não era capaz de controlar o tempo, que removia as suas camadas de saúde pouco a pouco. Primeiro, foram-lhe os olhos, depois os dentes. Em seguida, cansou-se a esperança e, por fim, o pulso.
Tombou o deus, pois nenhum rei governa para sempre.
Descontrolados, os escravos poderiam respirar liberdade enfim. Mas nenhuns dos
seus servos sonhavam em ser livres, pois todos os servos sonham em ser rei...
O império dos escombros renovava-se a partir do seu legado. A lança, que ceifava direta e francamente, tornou-se pena. A pena cortava com mais astúcia, mas a sua tinta desbotava. Então vieram a caneta, as teclas, o futuro. Histórias que, com sorte ou por desgraça, ainda conheceremos. Sob a ótica de outras majestades desse mesmo reino.
A natureza ainda se rebela, uma vez que não há ordem vindoura para a natureza humana. O velho dilema entre a luz e as trevas, persiste. Orientando a humanidade para o vazio que a leva a lugar algum. Desviando, por todas as eras, a necessidade de se ponderar sobre o verdadeiro conflito: Verdade e tempo.
Mas quem sou eu para falar sobre verdade, se estamos todos sentados, lado a lado, na plateia?
segunda-feira, 6 de junho de 2016
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Sobre o vomitaço como elemento estético e ferramenta de expressão política e participativa
Fábio Malini.
Duas coisas novas no repertório virtual dos movimentos brasileiros. 1) O #Vomitaço, esse dispositivo de slackativismo (ativismo de sofá) que paralisa qualquer forma de peleguismo em páginas de Facebook. Indicador de insatisfação, o #Vomitaço se tornou uma espécie de vacina contra o "comentarista de portal", com suas trolagens estúpidas, porque o #vomitaço inviabiliza que os radicais de direita ganhem platéia online. O #Vomitaço virou uma anti-plateia, um selo da "reação negativa" no Facebook. Seca qualquer possibilidade de existência de audiência e, assim, bloqueia a influência de uma página no Facebook. O Vomitaço é assim uma máquina redutora de influência a partir de uma ação de excesso de atenção inóspita a uma página. 2) A caneta desmanipuladora, ou seja, esse cibermovimento de retitular, à mão, as machetes de capa de jornal impresso. Esse remix ataca o coração da indústria de notícia: a possibilidade de agendar a sociedade, reinterpretando os fatos sociais. A "desmanipulação" completa o largo ciclo de queda de credibilidade, do número de leitor e de vendas da imprensa de papel, demonstrando que o "pacto de Jucá" também desnudou todo esforço de certos grupos midiáticos (e de jornalistas pagos por estes) de ocultar a verdade (o golpe) para afirmar intere$$es corporativos (o apoio ao governo conservador). Em paralelo a tudo isso, segue, no mundo real, a multiplicação de atos, ocupações, paralisações, bloqueios de rua, greves, que demonstram que o #Vomitaço também está nas ruas.
Duas coisas novas no repertório virtual dos movimentos brasileiros. 1) O #Vomitaço, esse dispositivo de slackativismo (ativismo de sofá) que paralisa qualquer forma de peleguismo em páginas de Facebook. Indicador de insatisfação, o #Vomitaço se tornou uma espécie de vacina contra o "comentarista de portal", com suas trolagens estúpidas, porque o #vomitaço inviabiliza que os radicais de direita ganhem platéia online. O #Vomitaço virou uma anti-plateia, um selo da "reação negativa" no Facebook. Seca qualquer possibilidade de existência de audiência e, assim, bloqueia a influência de uma página no Facebook. O Vomitaço é assim uma máquina redutora de influência a partir de uma ação de excesso de atenção inóspita a uma página. 2) A caneta desmanipuladora, ou seja, esse cibermovimento de retitular, à mão, as machetes de capa de jornal impresso. Esse remix ataca o coração da indústria de notícia: a possibilidade de agendar a sociedade, reinterpretando os fatos sociais. A "desmanipulação" completa o largo ciclo de queda de credibilidade, do número de leitor e de vendas da imprensa de papel, demonstrando que o "pacto de Jucá" também desnudou todo esforço de certos grupos midiáticos (e de jornalistas pagos por estes) de ocultar a verdade (o golpe) para afirmar intere$$es corporativos (o apoio ao governo conservador). Em paralelo a tudo isso, segue, no mundo real, a multiplicação de atos, ocupações, paralisações, bloqueios de rua, greves, que demonstram que o #Vomitaço também está nas ruas.
Segue a lista das equipes e dos componentes
GRUPOS DO DIA 12\05
MBB
Andresa Carmo
Marcio Seixas
Leonardo Santiago
Lucas Fernandes
Carol Ferreira
Geração Coca-Cola
Marcela Barbosa
Juliana Boaventura
Luana Vitena
Lucas Pires
Tecnologias e TecnoArte
Denise Santos
Luuana Carvalho
Quéssia Nascimento
Vanessa Campos
GRUPOS DO DIA 12\05
MBB
Andresa Carmo
Marcio Seixas
Leonardo Santiago
Lucas Fernandes
Carol Ferreira
Geração Coca-Cola
Marcela Barbosa
Juliana Boaventura
Luana Vitena
Lucas Pires
Tecnologias e TecnoArte
Denise Santos
Luuana Carvalho
Quéssia Nascimento
Vanessa Campos
GRUPOS DO DIA 19\05
Periferia
Luiza Diana Alves
Daniela Vieira
Daniela Paixão
Jaiane Santos
Adriele Do Carmo
Monstros:
Diego Lourenço
Emanuelle Pereira
Francine Borba Neves
Ketsia Sales
Serialidades
Mateus Gonçalves
Lucas Matos
Jéssica Nunes
Leonardo Gama
Periferia
Luiza Diana Alves
Daniela Vieira
Daniela Paixão
Jaiane Santos
Adriele Do Carmo
Monstros:
Diego Lourenço
Emanuelle Pereira
Francine Borba Neves
Ketsia Sales
Serialidades
Mateus Gonçalves
Lucas Matos
Jéssica Nunes
Leonardo Gama
terça-feira, 24 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Olá II
A ideia é que, aqui, possamos discutir e desdobrar o que temos pensado e debatido em sala.
Esse espaço será também um outro recurso de e para avaliação.
O material elaborado para a apresentação dos Seminários deve ser postado aqui.
Podemos e devemos alimentar as postagens com ilustrações pertinentes às discussões
Bons trabalhos pra gente!
Olá I
Olá! Esse é o blog da disciplina Estética e Comunicação de Massa, da turma de Comunicação Social - Relações Públicas, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, ano 2015, semestre 2.
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